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O QUE NOS DIFERENCIA, FERE A DEMOCRACIA E FRAGILIZA AS LEIS

TODO MUNDO É IGUAL PERANTE A LEI, (CONST. FEDERAL, 1988)

ícone relógio24/11/2023 às 12:00:00- atualizado em  
O QUE NOS DIFERENCIA, FERE A DEMOCRACIA E FRAGILIZA AS LEIS

Por Rosimar Mendes Silva

Vivemos em uma sociedade onde a maioria da população reconhece que o Brasil é um país racista, e essa mesma maioria não reconhece a si própria como praticante, no seu dia a dia, das atitudes discriminatórias. A forma como a sociedade funciona, se organiza e restabelece os seus valores é chamada de estrutura social.  Mas quando essas estruturas fortalecem as diferenças, a democracia é enfraquecida.

O racismo, assim como o machismo, nada têm a ver com o as questões biológicas. É um conceito carregado de ideologia, pois toda ideologia esconde algo não proclamada: a relação de poder e de dominação (MUNANGA, 2003:27).

Neste sentido, o racismo, que é indissociável da construção de raça, pois é fenômeno hibrido e multifacetado e que dialogam com outros fenômenos como: nacionalismo, imperialismo, etnocentrismo, classismo (etc).  Tudo isso recheado de agressividade, intolerância e o ódio racial. 

O racismo na sua personificação do ódio, não nos vê como humanos, mas como bichos desprovidos de qualquer sentimento. Apesar do povo preto ser desrespeitado, quando se refere às mulheres negras, os requintes de crueldade são ainda mais pujantes, pois além de serem alvo de violência doméstica, torturas e assassinatos, são também vítimas de violência sexual, tanto individual quanto coletiva, que é a forma mais vil de desmoralização de seus corpos, e que muitas vezes lhes são tiradas suas vidas logo em seguida.

Estamos no mês da visibilidade das lutas de combate ao racismo e toda forma de preconceito, para tanto devemos fazer das nossas lutas um rito de vida, para que todos os meses do ano, todas as semanas, todos os dias sejam dias de luta contra o racismo.

Façamos das palavras de Nelson Mandela a nossa razão de continuar “sendo dono dos nossos destinos e capitães de nossas almas”.